O Cliente no Centro Estratégias Consultivas para Vender Mais e Fidelizar Melhor
Sinopse
Durante boa parte do século XX, o foco predominante das
empresas esteve centrado na eficiência produtiva e na redução
de custos. Inspiradas nos modelos tayloristas e fordistas, organizações industriais acreditavam que dominar processos internos
e alcançar escala era suficiente para assegurar competitividade.
Nesse modelo, o cliente aparecia apenas no final da cadeia de
valor, como receptor de mercadorias e serviços. Porter (1985) sistematizou essa lógica ao propor que as estratégias de liderança em
custo ou diferenciação eram os caminhos para alcançar vantagem
competitiva sustentável. No entanto, essa abordagem, embora
eficaz em seu tempo, revelava uma visão limitada: tratava o cliente
como consequência, e não como origem da estratégia.
Essa orientação ao produto foi gradualmente sendo questionada à medida que os mercados se tornaram mais complexos e
competitivos. A ascensão do marketing moderno, especialmente a
partir dos trabalhos de Philip Kotler, deslocou o olhar da empresa
para o mercado. Kotler (2010) enfatizou que compreender as
necessidades e desejos dos consumidores deveria ser o ponto de
partida para a criação de valor. Contudo, mesmo sob a chamada
“orientação para o mercado”, muitas organizações continuaram
operando internamente sob a lógica produtocêntrica, traduzindo
a atenção ao consumidor em campanhas de comunicação, mas
não em mudanças efetivas na estrutura estratégica.
A verdadeira ruptura ocorre no século XXI, quando a globalização, a digitalização e a hiperconectividade colocam o cliente
no centro da estratégia empresarial. Peter Drucker (2016) já
havia antecipado esse movimento ao afirmar que “a finalidade
de um negócio é criar e manter um cliente”. Essa frase, aparentemente simples, marca uma virada epistemológica: não é o produto
que cria o cliente, mas o cliente que dá sentido ao produto.
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