Capítulo 2: A Criança Que Aprende Brincando: Para Uma Pedagogia da Primeira Infância
Sinopse
Brincar, assim como aprender, são componentes naturais do cotidiano das crianças. Quando se pergunta às crianças o que mais gostam de fazer, as respostas são unânimes: brincar. Por outro lado, a educação das crianças é, em geral, organizada para promover a aprendizagem e não a brincadeira. No entanto, enquanto a escola é tradicionalmente vista como um local de aprendizado e não de brincadeira, a pré-escola é mais frequentemente associada ao brincar do que ao aprendizado, na perspectiva da criança (Pramling, Klerfelt, & Williams Graneld, 1995).
A brincadeira também é considerada uma prática iniciada pelas crianças, enquanto a aprendizagem é vista como resultado de uma prática ou atividade iniciada por um adulto. No contexto da educação da primeira infância, brincar e aprender muitas vezes estão separados no tempo e no espaço. Horas de roda, horas de alfabetização, trabalhos artísticos criativos etc. são vistos como práticas de ensino e instrução e, portanto, a origem da aprendizagem, enquanto a brincadeira é deixada de lado para o tempo de lazer ou ao ar livre e faz parte do recurso próprio das crianças. Ao mesmo tempo, os currículos da educação infantil em todo o mundo afirmam que brincar deve ser de extrema importância.
O objetivo deste artigo é puramente teórico. Inicialmente, desejamos escrutinar os antecedentes e o caráter da educação infantil em termos de brincadeira e aprendizagem, para depois elaborar os resultados de vários anos de pesquisa sobre a aprendizagem infantil na pré-escola relacionada ao currículo da educação infantil e, finalmente, propor uma pedagogia sustentável para o futuro, que não separa a brincadeira da aprendizagem, mas se baseia nas semelhanças de caráter para promover a criatividade nas gerações futuras.
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